Esta empresa nasceu em Fevereiro de 1957 com a compra da existente Cerâmica Guerra pelos senhores Francisco Anacleto, José Gomes da Silva e Maximino Valente, que constituíram a sociedade por quotas Anacleto, Silva & Valente, Lda, com um capital social de 300 contos.
Em 1962, o sócio Francisco Anacleto vendeu a sua quota aos outros dois, deixando assim a sociedade, que em 1968, aumentou o seu capital social para 1.300 contos, dando início a uma fase de crescimento com a construção de um novo edifício e a instalação de mais equipamentos, atingindo uma produção de 60 ton/dia.
Em 1980, o sócio Maximino Valente vende a sua quota, que foi comprada pelo verdadeiro impulsionador e condutor da empresa, José Gomes da Silva, pelo filho Amilcar Gomes da Silva e pelo genro Joaquim Diogo Passos, passando a ser uma empresa familiar.
O objectivo era iniciar um processo de modernização da fábrica Os edifícios antigos deram lugar a dois grandes pavilhões em estrutura metálica. Foram adquiridos e instalados, uma nova fieira, um novo secador e um forno túnel, de tecnologias modernas. O investimento foi superior a 100.000 contos, para atingir uma capacidade nominal de produção de 150 ton/dia.
Nos anos seguintes a empresa continuou a investir e a modernizar-se, nomeadamente na instalação de equipamentos de carga e descarga automática, o que permitiu toda a automatização da produção.
Em 1998, em homenagem ao seu fundador, a empresa passou a denominar-se Cerâmica de Pegões – J. G. Silva, Lda.
Em 1999, apesar da crise que se adivinhava, iniciou-se um novo ciclo de investimentos, agora para a melhoria da qualidade do produto e do ambiente de trabalho, com destaque para a instalação de um sistema de despoeiramento. Estas acções, permitiram obter uma melhoria na qualidade do produto e do ambiente de trabalho bem como um aumento de capacidade para 220 toneladas por dia.
Com a profunda crise estrutural na fileira da construção iniciada em 2002, agravada pela vertiginosa subida do preço do petróleo, que afectava directamente o custo do nosso combustível, o fuelóleo, para assegurar o futuro, era determinante alterar a estratégia.
Em 22 de Outubro de 2003 transformou-se numa sociedade anónima, de gestão familiar, com a denominação: Cerâmica de Pegões – J. G. Silva, SA e um capital social de 910.000 euros.
A mudança fez-se em 2006, com alteração da tecnologia de queima instalada no forno. O fuelóleo, um combustível fóssil derivado do petróleo e portanto finito foi substituído por biomassa, um combustível proveniente de resíduos vegetais e portanto renovável. Este investimento, superior a 500.000 €, não só reduziu os custos, tornando a empresa mais competitiva e não dependente dos preços do petróleo, mas permitiu, em termos ambientais, eliminar as emissões de gases com efeito de estufa, grandes responsáveis pelas dramáticas alterações climáticas que o mundo vem sofrendo. As emissões passaram de 5564 ton de CO2 em 2004 para 156 em 2008.
Por isso, com 57 anos de vida (1957-2014), podemos realçar a justeza da estratégia assumida. A empresa continua viva, assegurando o seu futuro e o dos seus trabalhadores.